Como a imprensa internacional noticiou retirada de sanções contra Moraes pela Lei Magnistky
A retirada do nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , da lista de sancionados pela lei Magnitsky, repercutiu na imprensa internacional nesta sexta-feira (12). A esposa dele, Viviane Barci de Moraes, também não está mais sancionada.
O jornal britânico Financial Times(FT) lembrou que foi Moraes quem supervisionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje condenado e preso por tentativa de golpe, e classificou a notícia desta sexta como "o mais recente movimento de Washington para reconstruir pontes com o Brasil"
O FT destaca que a medida ajuda a abrir caminho para o aquecimento das relações entre os EUA e o Brasilapós uma crise no início do ano, quando o presidente Donald Trumptentou forçar o Brasil a abandonar o caso contra Bolsonaro, chamando-o de "caça às bruxas".
Sobre Lula, o veículo de imprensa britânico disse que o presidente "rejeitou a pressão", dizendo que não permitiria que seu país fosse ditado de fora e que queria que o Judiciário independente fosse respeitado.
A agência de notícias americana Bloomberg lembrou que a suspensão das sanções ocorre após Trump aliviar as tarifas que havia aplicado às exportações brasileiras, também numa tentativa de fazer pressão e ajudar Bolsonaro.
Já a agência de notícias Reuters também contextualizou que "Trump havia acusado Moraes de usar o Judiciário como arma, autorizar detenções arbitrárias antes do julgamento e suprimir a liberdade de expressão". Mas que agora ele está livre de sanções.
O jornal americano Washington Postreproduziu a notícia da agência Associated Press (AP), também destacando que Moraes liderou o julgamento contra o ex-presidente Bolsonaro.
A AP contextualiza que Bolsonaro foi condenado por arquitetar um plano para permanecer no poder apesar de sua derrota na eleição de 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acusações semelhantes às enfrentadas por Trump depois que uma multidão de seus apoiadores atacou o Capitólio dos EUA em 2021.
O Financial Times ainda menciona o papel de Eduardo Bolsonaro nos EUA para tentar as sanções contra o Brasil, destacando a nota de que ele "recebeu com pesar" a notícia.
As sanções contra Alexandre de Moraes haviam sido impostas em julho, em meio às pressões do governo de Donald Trump para tentar influenciar o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.


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