Lula e Trump devem realizar conversa oficial após encontro informal na ONU
Após um breve cumprimento nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem realizar na próxima semana a primeira conversa oficial desde que Trump reassumiu a Casa Branca.
O contato em Nova York foi rápido, de cerca de 20 segundos, mas suficiente para que Trump declarasse ter tido uma “excelente química” com Lula. O republicano disse que o brasileiro “parece ser um homem muito agradável” e anunciou que pretende conversar com ele nos próximos dias, em formato ainda a ser definido — pode ser por telefone, videoconferência ou presencialmente.
O Palácio do Planalto confirmou o encontro breve e aceitou a proposta de diálogo. A única testemunha brasileira presente foi o embaixador Fernando Igreja, chefe do Cerimonial da Presidência, que atuou como tradutor.
Contexto da relação Brasil–EUA
As relações bilaterais vivem um momento de tensão desde que o governo Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida considerada prejudicial ao agronegócio e à indústria nacional. Até agora, Lula vinha resistindo a um encontro direto, afirmando que não faria “humilhações diplomáticas”.
O gesto de aproximação pode sinalizar reabertura de canais diplomáticos, mas especialistas alertam que o Brasil ainda não ocupa papel central nas prioridades de Washington. A reunião também ocorre em meio à repercussão do julgamento que condenou Jair Bolsonaro no STF, tema que ecoou internacionalmente durante a Assembleia da ONU.
O que pode estar em pauta
Comércio exterior e tarifas impostas pelo governo norte-americano; Relações diplomáticas no contexto da América do Sul; Defesa da democracia e estabilidade institucional, tema do discurso de Lula na ONU; Reforço de laços políticos em cenário de tensões globais.
Expectativa
Ainda não há data exata ou formato definido, mas a expectativa é de que a conversa ocorra na próxima semana. Um eventual comunicado conjunto ou acordo comercial seria interpretado como avanço nas relações, embora analistas ressaltem que o diálogo inicial deve ser mais simbólico do que prático.
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