O jornalista Marcelo Castro e o editor-chefe Jamerson Oliveira, ambos ex-contratados pela Record da Bahia, estão envolvidos num esquema criminoso milionário. Eles são acusados pela polícia de desviar aproximadamente R$ 500 mil em doações, entre setembro de 2022 a fevereiro de 2023. A revista Piauí teve acesso ao relatório final da polícia e detalhou o crime.
De acordo com o documento policial, que incluiu a quebra dos sigilos bancários dos dois suspeitos, o ex-jornalista da emissora – que também apresentava o “Balanço Geral” local – realizava pedidos de doações a seguidores nas redes sociais a crianças com problemas de saúde. O dinheiro, porém, não ia para as famílias, e sim, para o bolso dele e de comparsas.
Em um dos casos, Marcelo Castro pediu ajuda para a compra de remédios para o tratamento de um tumor no crânio e outro barriga de um menino de apenas 1 ano de idade. Dos R$ 109,5 mil arrecadados entre espectadores, só R$ 40 mil chegaram à família. De acordo com a polícia civil, os outros R$ 69,5 mil foram roubados pelos envolvidos em um esquema de desvio de Pix.
Esse é apenas um exemplo. Segundo a polícia, o ex-apresentador da Record chegou a contar 13 histórias no programa, pedindo dinheiro à população. São casos envolvendo crianças com câncer, com hidrocefalia, hidronefrose bilateral (doença nos rins), doença neurodegenerativa, deficiência intelectual.
Apesar dos crimes, Marcelo Castro, segue trabalhando normalmente na televisão baiana.
André Uzêda, repórter de Piauí que conduziu a reportagem, chegou a ser ameaçado por Marcelo Castro ao fazer a apuração das informações.
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