Síndrome de pica: transtorno faz pessoas comerem coisas incomestíveis

A alotriofagia ou "síndrome de pica" é um transtorno alimentar sério, geralmente decorrente de carência nutricional, como a falta de ferro e zinco, principalmente. A doença se caracteriza pela ingestão de substâncias que não são comestíveis, como papel, sabonete, terra, moedas, amido cru, giz, carvão, gelo, cosméticos, pilha, isopor, baterias e tijolo, por exemplo. Mas por que tem esse nome? O transtorno também ganhou o nome de síndrome de pica devido a uma espécie de pássaro conhecida como P. Pica. Este pássaro, também chamado de pega-rabuda, se alimenta de quase tudo o que vê pela frente. Quem sofre desse transtorno sabe que não pode comer aquilo. Em fóruns ou sites na internet há centenas de casos de pessoas que confessam anonimamente ter o costume regular de comer o que não é comestível. Quem tem o transtorno, porém, tem vergonha de falar no assunto. Mais comum na infância A alotriofagia acomete, principalmente, crianças de 1 a 6 anos. O transtorno ocorre em 25% a 33% das crianças pequenas e em 20% das crianças atendidas em clínicas de saúde mental. A tendência é que o distúrbio desapareça conforme a criança cresce. É normal que crianças de até dois anos coloquem coisas na boca, portanto, o comportamento geralmente não é considerado um transtorno até essa idade. Família e pediatra devem ficar em alerta se a criança come itens não alimentares e tem feito isso há pelo menos um mês, se o comportamento não é normal para a idade ou estágio de desenvolvimento da criança ou se a criança tem fatores de risco, como atraso do desenvolvimento, transtorno comportamental ou déficit de desenvolvimento cognitivo.

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